The Pandemic and the Power of Partnerships

At times I am impressed by the power of partnerships. I started working in this field by chance. A little over 20 years ago, while I was head of a business unit in a pharmaceutical industry, I was asked  to prepare some studies and analysis for a future partnership between my product line with another company.

After this partnership I decided to pursue a solo career. My initial choice was corporate education, but I was very lucky to meet with some business development colleagues who welcomed me and encouraged me to join them in a simple enterprise that would complement the initial project, called Clube de Novos Negócios da Indústria Farmacêutica. This initiative proposed to bring these professionals together to promote training and meetings that would contribute to their networking.

In 2023 the Clube, as we affectionately call it, will celebrate its 20th anniversary. It could just be like any other date, but for me it’s symbolic for a simple reason. For the last 2 years, partnerships have proved extremely important and relevant to one of the greatest challenges to human health.

A quick search at the Coronavirus Resource Center website at John Hopkins University & Medicine shows us the size of Covid 19 so far. There are approximately 575 million confirmed cases with more than 6,395,000 deaths. These numbers are even more impressive when we analyze their speed. The UN declared Covid 19 a pandemic on March 11, 2020. In just over two years these devastating numbers have placed Covid 19 as one of the greatest health challenges mankind has ever faced.

But equally impressive was the global response to the crisis triggered by Coronavirus. To date, 5.29 billion people have received one dose of the Covid 19 vaccine, or 69% of the global population. This is an interesting point, because this type of vaccine was not available before the pandemic, that is, the vaccines were researched and developedquite quickly. At this point, I would like to highlight the role of the partnerships developed in the context of the response to Covid 19 and its importance.

The Department of Economic and Social Affairs (DESA), an entity linked to the UN, published an article called Partnerships in Response to Covid 19: Building Back Better Together that highlights the large number of partnerships created to provide an immediate response to Covid 19. According to the report, the important factors that accelerated these partnerships were the sense of urgency imposed by the situation, the pre-existing networking, previous experience in partnering, and the flexibility and use of digital technologies.

In another article, the World Bank points out that the combined efforts of scientists, private companies, international institutions, donors and governments were decisive to develop diagnostic tests, vaccines and treatments for Covid 19 in record time.

And that’s where we come to the partnerships involving the pharmaceutical industry. In the article published in March 2021 by the World Bank, Ozlem Tureci and Ugur Sahin, founders of BioNTech, explain how a strategic partnership allowed them to develop a vaccine against COVID-19 using innovative technology: mRNA. This project, named Lightspeed, began in January 2020 shortly after the genome sequence of the SARS-CoV-2 virus was shared as a public good. According to the company’s co-founders, the partnership with Pfizer was important in speeding up the process, as it reduced the risks involved in developing a vaccine based on innovative technology. Other important points were the support for clinical development and production expansion.

This partnership resulted in the first vaccine for COVID-19 to be validated for Emergency Use Listing (EUL) by the World Health Organization on December 31st, 2020. In only 11 months the company went from starting to develop the vaccine to obtaining approval. An extremely short period compared to current research and development standards in the pharmaceutical industry. Agreements to increase production, distribution and access to new vaccines conducted in the public and private segment were also of great importance.

It is interesting to note that a segment such as the pharma industry, where high technology is present in such advanced research, can be so positively affected by partnerships, which are initially activities resulting from interactions between people. Something so simple, but so effective for generating services and products.

A Pandemia e o Poder das Parcerias

Em alguns momentos eu fico impressionado com o poder das parcerias. Entrei nesta atividade por acaso. Há pouco mais de 20 anos, trabalhando como responsável por uma unidade de negócios em uma indústria farmacêutica, recebi a incumbência de preparar os estudos e análises para uma futura parceria que envolveria a minha linha de produtos com outra empresa.

Após a realização dessa parceria decidi seguir a carreira solo. Minha escolha inicial era a educação corporativa, porém tive muita sorte em encontrar os colegas de BD (business development) que me acolheram e incentivaram a seguir junto com eles em uma empreitada simples que seria complementar ao projeto inicial, o Clube de Novos Negócios da Indústria Farmacêutica. Uma iniciativa que se propunha a aproximar esses profissionais promovendo treinamentos e encontros que contribuiriam para o seu networking.

Em 2023 o Clube, como o chamamos carinhosamente, completará 20 anos. Poderia ser apenas mais uma data, porém para mim é simbólica por uma razão simples. Nesses últimos 2 anos as parcerias têm se mostrado extremamente importantes e relevantes para um dos maiores desafios à saúde humana.

Após uma rápida consulta ao site Coronavirus Resource Center da John Hopkins University & Medicine vemos a dimensão da Covid 19 até o momento. São aproximadamente 575 milhões de casos confirmados com mais de 6.395.000 mortes. Esses números são ainda mais impressionantes quando analisamos sua velocidade. A ONU declarou a Covid 19, como uma pandemia em 11 de março de 2020. Portanto, em pouco mais de dois anos esses números devastadores colocaram a Covid 19 como um dos maiores desafios sanitários enfrentados pela humanidade.

Porém, igualmente impressionante foi a resposta global frente a crise desencadeada pelo Coronavirus. Até o momento, 5.29 bilhões de pessoas receberam uma dose da vacina para Covid 19, ou seja 69% da população global.

Esse é um ponto interessante, pois esse tipo de vacina não estava disponível antes do início da pandemia, ou seja, a pesquisa e desenvolvimento dos imunizantes foi bastante rápida. Neste ponto, gostaria de ressaltar o papel das parcerias desenvolvidas no âmbito da resposta à Covid 19 e sua importância.

A publicação Partnerships in Response to Covid 19: Building Back Better Together do DESA –  Department of Economic and Social Affairs, entidade ligada à ONU, traz como destaque o grande número de parcerias formadas visando uma resposta imediata ao Covid 19. Segundo o relatório, o senso de urgência imposto pela situação, o networking pré-existente, a experiência prévia na realização de parcerias, a flexibilidade e o uso de tecnologias digitais foram importantes fatores para a aceleração dessas parcerias.

Em outro artigo, o Banco Mundial destaca que os esforços combinados de cientistas, empresas privadas, instituições internacionais, doadores e governos foi decisivo para o desenvolvimento, em tempo recorde, de testes diagnósticos, vacinas e tratamentos para a Covid 19.

E é nesse ponto que que chegamos às parcerias que envolvem a indústria farmacêutica. No artigo publicado em março de 2021 pelo Banco Mundial Ozlem Tureci e Ugur Sahin, fundadores da BioNTech, explicam como uma parceria estratégica permitiu o desenvolvimento de uma vacina contra o COVID-19, usando tecnologia inovadora: o RNA mensageiro. Esse projeto, chamado por eles de Lightspeed, iniciou em janeiro de 2020 logo após o sequenciamento genético do vírus SARS-CoV-2 ser compartilhado como um bem público.

De acordo com os cofundadores da empresa, a união com a Pfizer foi importante para acelerar o processo, pois diminuía os riscos envolvidos no desenvolvimento de uma vacina baseada em tecnologia inovadora. Além disso, o apoio ao desenvolvimento clínico e a expansão da produção foram outros pontos importantes.

Dessa parceria resultou a primeira vacina para COVID-19 a obter a validação para uso emergencial da Organização Mundial da Saúde em 31 de dezembro de 2020. Em apenas 11 meses entre o desenvolvimento, do laboratório a aprovação foi concluído. Um período extremamente curto se comparado aos padrões atuais de pesquisa e desenvolvimento na indústria farmacêutica. De grande importância também foram os acordos para incremento da produção, distribuição e acesso às novas vacinas realizados no segmento público e privado.

É interessante notar que um segmento como o farmacêutico, onde a alta tecnologia está presente em pesquisas tão avançadas seja tão afetado positivamente por parcerias, que inicialmente, são atividades resultantes de interações entre pessoas. Algo tão simples, porém tão eficaz para a geração serviços e produtos.